Diferenças? Quais????

Diferenças? Quais????
Diversidade. igualdade, respeito as diferenças, raças, etnias, culturas... "Brasil Um país de Todos!"... O que são estas palavras ou expressões além de símbolos? Símbolos, representações que nos guiam, nos moldam e ditam formas de condutas. E nós, o que fazemos dos símbolos? Ou os aceitamos inopinadamente ou os contestamos traçando novas vivências e refletindo novas representações.

quarta-feira, março 23, 2011

Mas um dia do SUS!




Disponível em: (http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/default.cfm, acesso em 23/03/2011)

  Não é que hoje tenha acordado com vontade de falar do SUS, nunca foi um assunto que me enchesse os olhos, como todo programa assistencialista do governo, afinal o SUS, não passa de um programa assistencialista e na prática, uma assistência péssima.
Infelizmente o meu "hoje" foi bem mais além de uma vontade, tive que utilizar o SUS, parei em uma emergência de um hospital estadual que atende a cidade e os municípios próximos. Nas 6 horas que passei lá esperando ser atendida, comecei a refletir na condição do pobre no Brasil, tive tempo demasiado para isso.

  Observei o entrar e sair dos pacientes daquele local, o desrespeito do poder público e do ser humano, com o próprio ser humano. Eram tratados como objetos, números, fardos.
As pessoas todas em uma emergência subtende-se que precisam de atendimento URGENTE, e eles fazem uma seleção justa, para que se mantenha uma certa ordem ( Não deixar pessoas morrerem na fila, porque ai terão muitas testemunhas).  O que fazem? Selecionam, por choro, grito, ajeitadinho, dentre outros motivos. Vi pessoas ali chorando porque não eram atendidas. Afinal para uma filha o mais URGENTE é o atendimento da sua mãe e vice-versa. Como em toda natureza há uma seleção natural, com o SUS assim também ocorre,  os mais fortes sobrevivem a uma emergência e os mais fracos ficam (morrem) na fila de espera e desocupam o lugar para outros.  Descobri hoje que um GRANDE hospital é extremamente  pequeno, quando o assunto é  atender a população com menor poder aquisitivo.
  
Solução? Não posso eu resolver, mas...  Como disse Paulo Freire “  Sei que as coisas podem até piorar, mas sei também que é possível intervir para melhorá-las.” (Freire, Paulo, Pedagogia da Autonomia, p.52. 1996).

  Acredito dessa forma, que se houvesse um maior investimento neste SUS, quem sabe se existissem  unidades de pronto atendimentos que funcionassem na prática, para que o paciente só recorresse a um hospital de porte estadual, quando não tivesse outra opção, diminuiriam assim,  as filas, as horas de espera e o número de mortos por descaso. Nestes hospitais grandes poderiam ter também mais funcionários, bem pagos, com carga horária de trabalho justa, que trabalhassem se importando com o que fazem, trabalhassem com amor, se importando com o ser humano. Ser Humano este que faz parte da mesma espécie, componente da mesma tribo. Na natureza existe um maior respeito entre os animais, os ditos seres irracionais, do que com os seres que se orgulham de estarem no topo da evolução. Essa atitude mesquinha é revoltante!

  Encerro ainda acreditando que “a História é tempo de possibilidade e não de determinismo, que o futuro, permita-se- me reiterar, é problemático e não inexorável.” (Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia, p.19, 1996).


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